A transição tributária no Brasil já tem data para começar: 2026. A partir daí, o país entrará em um período de sete anos de mudanças graduais até a implantação definitiva do novo sistema tributário em 2033. O processo, definido pela regulamentação da reforma tributária, traz implicações diretas para empresas, consumidores e para a tecnologia utilizada na gestão fiscal.
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ToggleO que é a transição tributária e por que ela é necessária
A transição tributária é o período em que o atual modelo de impostos conviverá com o novo sistema, garantindo que a economia se adapte de forma gradual. Nesse tempo, empresas precisarão lidar com dois regimes fiscais ao mesmo tempo — algo que exige ajustes de processos, precificação e, principalmente, modernização tecnológica.
O objetivo é evitar mudanças bruscas na carga tributária, dar tempo para adaptação e permitir que setores e governos ajustem a arrecadação e a operação de acordo com as novas regras.
Cronograma da transição tributária
O período de transição fiscal foi estruturado para durar sete anos. Veja como será:
- 2026 – Início da cobrança do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), ainda com alíquotas reduzidas.
- 2027 – Extinção do PIS e da Cofins, substituídos pela CBS.
- 2029 a 2032 – Ajuste gradual das receitas estaduais e municipais para o novo modelo.
- 2033 – Extinção definitiva de ICMS e ISS, consolidando o novo sistema tributário no país.

Impactos para empresas: mais tecnologia e menos improviso
A convivência entre dois regimes tributários cria desafios práticos para as empresas, como:
- Atualização de sistemas fiscais e contábeis para lidar com dois modelos simultaneamente.
- Revisão de preços e margens, já que a carga tributária pode mudar de acordo com o produto ou serviço.
- Revisão de contratos de longo prazo, adaptando cláusulas para mudanças tributárias.
- Capacitação constante de equipes fiscais e contábeis para interpretação correta das regras.
Essa complexidade torna o investimento em ERPs modernos e automação fiscal não apenas recomendado, mas essencial para manter compliance tributário e competitividade.
O papel da tecnologia na adaptação fiscal
Com dois sistemas de impostos operando ao mesmo tempo, empresas precisarão de soluções que automatizem cálculos, emissão de notas, auditorias e obrigações acessórias.
Sistemas ERP preparados para a transição tributária devem:
- Processar simultaneamente os dois regimes.
- Integrar dados fiscais, contábeis e financeiros.
- Oferecer relatórios em tempo real para análise estratégica.
- Garantir atualizações automáticas conforme a legislação muda.
A automação fiscal pode reduzir erros, acelerar fechamentos contábeis e liberar equipes para análises estratégicas, minimizando riscos de multas e inconsistências.
Tecnologia como vantagem competitiva no novo cenário fiscal
A transição tributária brasileira é um marco histórico e exige que empresas sejam proativas. ERPs inteligentes, integrados a sistemas fiscais e de automação, serão ferramentas-chave para que negócios mantenham conformidade e explorem oportunidades de planejamento tributário.
O recado é claro: a reforma tributária não é apenas um desafio legal — é também uma oportunidade de modernização tecnológica que pode transformar a gestão fiscal no Brasil.