Inteligência e tecnologia no combate ao crime organizado
Em Belém (PA), o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, defendeu que o uso de informações de inteligência em investigações é um mecanismo crucial para combater a criminalidade organizada transnacional e a lavagem de dinheiro. Ele fez a abertura da 38ª Reunião Especializada de Ministérios Públicos do Mercosul, que reúne procuradores-gerais e representantes dos Ministérios Públicos do Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Uruguai e Suriname.
Cooperação internacional e intercâmbio de dados
O objetivo do encontro é definir estratégias coordenadas para desarticular redes criminosas que atuam na região. O vice-PGR enfatizou a importância do intercâmbio de dados entre países do Mercosul para planejar investigações e tomar decisões estratégicas.
Uso de tecnologia na análise de dados
Chateaubriand destacou que a utilização de bases de dados confiáveis e ferramentas tecnológicas permite identificar padrões e tendências das práticas criminosas. Isso possibilita ao Ministério Público antecipar ameaças e entender o funcionamento de grupos criminosos, auxiliando na tomada de decisões estratégicas.
Política de inteligência do MPF
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) instituiu recentemente a política e o sistema nacional de inteligência, com diretrizes a serem seguidas por todos os ramos do Ministério Público brasileiro. A atividade de inteligência deve ser permanente, técnica e especializada, orientada por princípios como a submissão à Constituição Federal e ao ordenamento jurídico.
Criação de área de inteligência no MPF
Com base nisso, o MPF iniciou o processo de criação de uma área própria de inteligência e investe na gestão de bancos de dados robustos, além de sistemas tecnológicos de análise de dados criminais, para subsidiar o trabalho de procuradores e dos grupos especializados de combate ao crime organizado (Gaecos).
Desafios globais e cooperação jurídica
Para enfrentar os desafios globais, o vice-PGR defendeu o fortalecimento da cooperação internacional. Ele citou um pedido de informações feito pela Argentina ao Brasil, que ajudou na apuração da possível prática de tráfico internacional de pessoas.
Conclusão sobre a importância da inteligência
Os chefes dos Ministérios Públicos ressaltaram a importância de respeitar a privacidade dos cidadãos e as leis de cada país no uso das ferramentas tecnológicas. É essencial fortalecer a cooperação internacional com mecanismos seguros e eficazes, para aumentar a capacidade dos Ministérios Públicos de enfrentar o crime organizado de forma estratégica e ética.
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